📚 Omar Khayyam (Parte 3): Rubaiyat
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Senta-te à beira do rio e contempla o fluir da vida:
esse sinal do mundo que passa já nos basta.
✨ Introdução
Nesta terceira parte da série sobre Omar Khayyam, apresentamos rubaiyat mais filosóficos.
Aqui Khayyam reflete sobre:
- A passagem inexorável do tempo
- O destino inevitável
- A certeza da morte
Essas quadras revelam um espírito lúcido e inquieto, que vê na brevidade da vida um convite à contemplação.
⏳ Rubaiyat 1 — O Tempo Fugitivo
📜 Original em persa
بر لب جوی نشین و گذر عمر ببین کاین اشارت ز جهان گذران ما را بس
📦 Transliteração
Bar lab-e juy neshīn o gozar-e ‘omr bebin, K’īn eshārat ze jahān-e gozarān mā rā bas.
🌙 Tradução em português
Senta-te à beira do rio e contempla o fluir da vida:
esse sinal do mundo que passa já nos basta.
🧭 Rubaiyat 2 — O Destino Escrito
📜 Original em persa
در کارگه کوزهگری دیدم دو هزار کوزه سخن میگفتند با هم پنهان
📦 Transliteração
Dar kār-gah-e kouze-garī dīdam do hezār, Kouze sokhan mīgofteand bā ham penhān.
🌙 Tradução em português
Na oficina do oleiro vi milhares de jarros,
e eles falavam entre si em segredo.
(metáfora de que o destino dos homens é moldado como barro pelas mãos do oleiro cósmico)
💀 Rubaiyat 3 — A Morte Inevitável
📜 Original em persa
چون نیست بقا، چه غم از مرگ مرا یک جام شراب باده نوشیم و روا
📦 Transliteração
Chon nīst baqā, che gham az marg-e marā? Yek jām-e sharāb benushīm o ravā.
🌙 Tradução em português
Já que não há permanência, por que temer a minha morte?
Bebamos uma taça de vinho — e que seja justo assim.
🌍 Conclusão
Nos rubaiyat filosóficos, Omar Khayyam encara a morte sem ilusões,
o destino como inevitável e o tempo como corrente que não cessa.
Sua poesia ecoa uma matemática da existência:
cada vida é uma equação finita,
e a solução está em aproveitar o instante presente.